MÁSCARA JURUPIXUNA
A história da recolha desta excecional máscara remete-nos para as Viagens Filosóficas, expedições científicas realizadas durante o século XVIII, promovidas pelas coroas europeias aos territórios conquistados, sobre os quais recaíam fortes interesses ultramarinos.
Esta viagem em particular, a primeira expedição estritamente científica realizada na Floresta Amazónica, protagonizada por Alexandre Rodrigues Ferreira e pelos seus companheiros (1 jardineiro e 2 desenhadores-riscadores) às capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuyabá, teve forte impacto científico no mundo da História Natural. Durante 9 anos (1783-1792), estes homens percorreram cerca de 39 000 Kms em inóspitos territórios, então pertencentes a uma das mais importantes colónias portuguesas, o Brasil.
Durante este período, foram enviadas para o Real Museu da Ajuda, em Lisboa, sucessivas remessas de material recolhido nos diferentes locais por onde a equipa de Ferreira passou e, apenas em 1806, se operacionaliza a transferência de parte do acervo para a Universidade de Coimbra. Parte integrante desta transferência, atualmente na coleção de Antropologia do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, destaca-se o conjunto de 13 máscaras usadas pelos índios da etnia Jurupixuna, entretanto extinta, sendo que outras 14 existem na Academia das Ciências de Lisboa. Uma estrutura de fibras vegetais, coberta por entrecasca de árvore devidamente trabalhada, dá corpo a estas máscaras antropomorfas e zoomorfas utilizadas em rituais exclusivamente realizados por homens, à noite, que as usavam para dançar e, assim, comunicar com os espíritos, agradecendo ou pedindo algo, geralmente aspetos relacionados com a vida e sobrevivência do clã: o triunfo de uma caçada, pescaria ou colheita de frutos, por ocasião de uma doença, a celebração de um nascimento, morte, casamento ou mesmo comemorando o aparecimento da menstruação de uma adolescente.
Esta viagem em particular, a primeira expedição estritamente científica realizada na Floresta Amazónica, protagonizada por Alexandre Rodrigues Ferreira e pelos seus companheiros (1 jardineiro e 2 desenhadores-riscadores) às capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuyabá, teve forte impacto científico no mundo da História Natural. Durante 9 anos (1783-1792), estes homens percorreram cerca de 39 000 Kms em inóspitos territórios, então pertencentes a uma das mais importantes colónias portuguesas, o Brasil.
Durante este período, foram enviadas para o Real Museu da Ajuda, em Lisboa, sucessivas remessas de material recolhido nos diferentes locais por onde a equipa de Ferreira passou e, apenas em 1806, se operacionaliza a transferência de parte do acervo para a Universidade de Coimbra. Parte integrante desta transferência, atualmente na coleção de Antropologia do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, destaca-se o conjunto de 13 máscaras usadas pelos índios da etnia Jurupixuna, entretanto extinta, sendo que outras 14 existem na Academia das Ciências de Lisboa. Uma estrutura de fibras vegetais, coberta por entrecasca de árvore devidamente trabalhada, dá corpo a estas máscaras antropomorfas e zoomorfas utilizadas em rituais exclusivamente realizados por homens, à noite, que as usavam para dançar e, assim, comunicar com os espíritos, agradecendo ou pedindo algo, geralmente aspetos relacionados com a vida e sobrevivência do clã: o triunfo de uma caçada, pescaria ou colheita de frutos, por ocasião de uma doença, a celebração de um nascimento, morte, casamento ou mesmo comemorando o aparecimento da menstruação de uma adolescente.