Os carismáticos coalas
Este mês homenageamos os coalas, símbolo da Austrália, em risco de extinção desde os últimos, avassaladores, incêndios florestais que provocaram a morte a cerca de oito mil destes animais (1/3 da população existente) e destruíram uma grande parte do seu habitat.
Este exemplar, um juvenil, foi comprado à Maison Verreaux. Fundada em Paris por Pierre Jacques Verreaux, em 1803, tornou-se mundialmente famosa pela comercialização de espécimes de História Natural. Este exemplar faz parte de uma importante coleção de mamíferos exóticos comprada, em 1872, para apoio às aulas práticas de zoologia da Universidade de Coimbra.
Os coalas são animais carismáticos. Lembram os ursos de peluche da nossa infância. Mas não nos enganemos. Estes animais não são da família dos ursos, mas sim marsupiais. Ou seja, as suas crias nascem prematuras e completam o seu desenvolvimento (durante seis meses) no marsúpio, uma bolsa presente na parte anterior do corpo da fêmea.
São animais surpreendentes. Vivem, praticamente, todo o tempo em cima das árvores. Para subir até ao topo, e se agarrarem aos troncos a descansar, têm patas fortes, garras afiadas e polegares oponíveis.
Os coalas passam a maior parte do seu dia a dormir (até 20 horas!) e o restante tempo a procurar comida. São herbívoros e alimentam-se, principalmente, de folhas de eucalipto. Mas não de um eucalipto qualquer. Das mais de seiscentas espécies existentes na Austrália, apenas se alimentam de cerca de 30. Preferem, ainda, as folhas mais jovens, ricas em água. Sim, porque os coalas não bebem água. Aliás, pensa-se que a palavra koala deriva de um dialeto nativo australiano que significa sem água.
Coala
Phascolarctos cinereus (Goldfuss, 1819)
ZOO.0003054