Hipopótamo, um gigante pouco conhecido
O Dia Mundial das Zonas Húmidas comemora-se no dia 2 de fevereiro, desde de 1997, e tem como objetivo sensibilizar para a proteção das zonas húmidas e sublinhar a importância que estas têm para a existência da vida no nosso planeta. Muitos animais dependem destes ecossistemas e um deles é o hipopótamo ou hipopótamo-comum, de nome científico Hippopotamus amphibius Linnaeus, 1758.
Atualmente, o hipopótamo-comum juntamente com o hipopótamo-pigmeu, Choeropsis liberiensis (Morton, 1849) são os únicos representantes da família Hippopotamidae.
Este grande mamífero é o terceiro maior e mais pesado animal terrestre, apenas ficando atrás dos elefantes - Loxodonta africana (Blumenbach, 1797) - e dos rinocerontes brancos - Ceratotherium simum (Burchell, 1817). É semiaquático e permanece na água (lagos ou rios) durante o dia, de onde sai à noite para se alimentar. É herbívoro, mas normalmente não se alimenta de plantas aquáticas, preferindo as pastagens circundantes ao seu território aquático. Os hipopótamos são uma espécie fulcral que suporta a estrutura e funcionalidade do ecossistema ao qual pertence). Desempenham o papel de engenheiros ao alterarem a geomorfologia, a hidrologia e a conectividade dos ecossistemas entre os habitats aquáticos e terrestres. É semiaquático e permanece na água (lagos ou rios) durante o dia, de onde sai à noite para se alimentar. É herbívoro, mas normalmente não se alimenta de plantas aquáticas, preferindo as pastagens circundantes ao seu território aquático. São animais polígamos, sociais e gregários, os hipopótamos vivem em grupos de 30 indivíduos. Segundo a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) o hipopótamo tem um estatuto de conservação vulnerável (VU) e a sua população está a decrescer, constando no apêndice II da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES). Este facto é devido à redução do seu habitat por pressão humana e, acima de tudo, por ser alvo de caça furtiva, pela carne e marfim dos dentes caninos. De notar que, com a exclusão internacional do marfim de elefante, em 1989, começou a surgir no mercado negro, ainda hoje pouco controlado, marfim proveniente de outros animais, incluindo dos dentes de hipopótamo. Estas questões globais relacionadas com a biodiversidade e sustentabilidade são hoje em dia destaque nos museus. No caso do hipopótamo, verifica-se que a sua dependência por habitats aquáticos os coloca em constante competição pela água e em confronto com as populações humanas. Esta é uma relação destrutiva para ambas as partes, sendo os hipopótamos os mais prejudicados, particularmente pela caça, verificando-se um grave declínio nas populações, nos últimos anos. Esta circunstância, aliada às sucessivas extinções que têm ocorrido, permite supor que esta espécie poderá desaparecer num futuro próximo, o que releva a importância dos espécimes em museus.
Recentemente foi criado o Dia Mundial do Hipopótamo que se comemora no dia 15 de fevereiro, por esta razão escolhemos este exemplar, e tem como objetivo alertar as pessoas para as ameaças que os hipopótamos enfrentam e encoraja-as a tomar uma atitude para tomar medidas para evitar a sua extinção.
Este exemplar com número de inventário ZOO.0004514 é um crânio de hipopótamo, datado do início do século XX, não possui mais nenhuma informação associada. Pertence à coleção de esqueletos do MCUC que ainda contém mais 11 crânios, um esqueleto, uma mandíbula e vários dentes.
Crânio de Hipopótamo
Hippopotamus amphibius Linnaeus, 1758
ZOO.0004514