Um Prato Republicano
Na gíria académica coimbrã designam-se como Repúblicas as casas autogeridas pelos estudantes que nelas habitam. Este sistema, que se afirma no século dezanove, visava juntar os jovens em pequenos grupos – contando, geralmente, entre oito e doze indivíduos – que suprem o vazio deixado pelo afastamento da família e da comunidade de origem. Com o tempo, as Repúblicas foram adquirindo uma identidade formalmente estabelecida, visível, desde logo, numa denominação oficializada, a que se junta uma emblemática própria que, além de figurar nas bandeiras que as representam, pode alastrar para artigos de uso corrente, como o papel timbrado ou a louça de faiança artística de tradicional fabrico coimbrão.
O objeto em exposição representa a República dos Kágados, a mais antiga de entre as duas dúzias destas casas que subsistem em Coimbra. Tendo sido instituída a 1 de Dezembro de 1933, é ainda uma das que permanece no velho território estudantil do bairro alto da cidade.
O objeto em exposição representa a República dos Kágados, a mais antiga de entre as duas dúzias destas casas que subsistem em Coimbra. Tendo sido instituída a 1 de Dezembro de 1933, é ainda uma das que permanece no velho território estudantil do bairro alto da cidade.
Prato de faiança
Lufapo - Lusitania, Portugal
MAC.786/C.370